Depois de tantos anos voltámos a ter uma conversa banal de café que me fez pensar que não devia ter desistido de ti. São mesmo assim as conversas de café e então quando são fora de horas...foi ínsipido o meu lutar por ti mas o senhor orgulho interferiu e eu deixei-te ir livre de tudo. Qando a conversa acabou, a conversa de café que tivémos passados tantos anos, sentei-me nos degraus de um lugar qualquer, puxei de um cigarro, o derradeiro, e um turbilhão de ideias cruzadas e confusas invadiu a minha mente sedenta de paz. E voltaram os porquês sem resposta, ao fim e ao cabo na vida são mais os porquês que as respostas para eles. Quando acabei o cigarro espezinhei-o com o bico da bota porque a minha vontade era o tempo e perguntar-lhe porquê. Perguntar-lhe o que fez de mim, perguntar-lhe o que fez de ti, perguntar-lhe o que nos fez a nós. Aposto que não tinha resposta para tantos porquês num só.
Mas deixemo-nos de lamentações. Brindemos a mais um ano que se aproxima e vamos beber champanhe e comer passas e mais aquelas coisas todas que fazem parte. E que se aproveite o momento.
Partiste numa viagem sem regresso, nem perguntaste se podias. A notícia chegou de forma cruel e impiedosa provocando-me uma dor profunda acompanhada de imensos porquês silenciosos. Recuo no tempo e vejo-te a entrar na sala no primeiro dia de escola com esse teu bibe amarelo, uns olhos negros assustados e poucos sorrisos para dar. Dotado de uma inteligência invulgar aprendeste as primeiras lições de coisas e de vida. Preparei-te em imensos áreas só não te preparei para um caminho sem saída. Cresceste e deixei de te ver como é normal acontecer na vida... cada um vai seguindo o seu caminho mas ao longo dos anos fui sabendo que terias todo o sucesso no teu futuro.
O meu coração continua aflito e as lágrimas não conseguem deixar de rolar enraivecidas e perturbantes quando penso em ti e te relembro quando o teu olhar ainda ditava inocência.
Partiste numa viagem sem regresso e por vontade própria cumpriu-se assim o destino. O teu... demasiado curto.
E fazem-se as perguntas habituais... quem era, o que fazia, filho de quem?
E eu penso...o que interessa? Nada. Idade? Vinte... e o meu coração chora.
Para o T. com saudade
Pensei muito, antes de escrever estas palavras sentidas. Não sabia se devia mas ele falou mais alto. Às vezes devemos seguir as coisas do coração.
Hoje revi o filme. Amei-o ainda mais desde a primeira vez que o vi. Fez-me pensar na vida e na sua essência, nas bestas humanas que vagueiam impunes por aí, na corrupção que infecta a nossa sociedade, na esperança que não quer morrer, na eterna e forte amizade que pode unir duas pessoas. Senti as mais variadas emoções ao revê-lo, era bem capaz de o ver vezes sem conta. E adorei-o também em parte por causa deste senhor, pelas suas expressões que me tocam a alma, pelo seu enorme talento, pelo seu olhar profundo, pela sua voz maravilhosa e inconfundível. Há já algum tempo tinha querido escrever sobre ele mas a inspiração faltou. Fi-lo hoje. Calhou bem.
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