Gostaria de voltar a estar contigo num dia de Primavera, de preferência junto ao rio de águas mansas a ver o sol desaparecer subtilmente na linha do horizonte. Provavelmente falaríamos de coisas banais, do tempo e da temperatura amena, das flores e dos pássaros, dos campos verdes e das papoilas, dos dias que estão maiores e das noites mais pequenas.
Por mim ficaria assim a vida inteira, sem preocupações e lamentos, sem dores nem dissabores, os dois bem juntinhos a ver aquele pôr de sol num fim de tarde soalheira. Recordaria cada Primavera passada na casa da minha infância, o cheiro das rosas e dos lilases, as correrias inocentes pela avenida que floria para nós.
Que tens, perguntar-me-ias ao sentir-me triste.
Nostalgia, queria voltar a ser criança.
Apertar-me-ias junto ao peito e murmurarias ao meu ouvido a mais doce melodia.
Acalma o teu coração de menina... serás sempre minha. Quando eu partir vou nascer de novo para te voltar a encontrar, e acredita, será no mais belo fim de tarde de uma Primavera qualquer.
Texto escrito para a Fábrica de Histórias
Escreve para mim o mais belo poema de amor, disse-te eu um dia
Tu olhaste-me com ternura infinda e correste desenfreado
à procura das palavras...
Colheste-as uma a uma e escreveste-as no papel
Lê-as devagarinho, disseste-me tu um dia
E eu, com medo do desengano, li as reticências, as vírgulas e os pontos finais
Quando terminei, no silêncio de mim, o coração chorou baixinho
com o assombro das palavras...
Apertei nas mãos e fiz calar o que tinha escrito para ti...
Definitivamente não sei escrever poemas de amor!
Shiu... não digas a ninguém que hoje é aquele dia em que vou sentir especialmente a falta de nós, a falta do teu afago, a falta da tua voz que me fez reparar em ti. Foste o meu grande amor, há quem diga que todas as pessoas têm um amor assim e tu foste tão especial, que queres que te diga!
E é no silêncio de nós que recordo os momentos partilhados, as gargalhadas dadas com vontade, os abraços prolongados, os beijos que não posso revelar.
Vou continuar a sentir a falta de ti até cair a noite sobre a cidade. Depois, no aconchego do meu quarto, deixo-me embalar em palavras de amor serenas e adormeço a sonhar contigo.
Hoje subi ao sotão das recordações.
Vagueei por entre a poeira do tempo, por entre correrias e brincadeiras sem maldade, senti na alma e no corpo o esgar de alguns fantasmas do passado.
Tropecei em mágoas que deixaram cicatrizes, em paixões que deixaram saudade, em máscaras de vida que me ensinaram a viver.
Senti-me aprisionada, ajoelhei-me num cantinho de memórias, deixei cair lágrimas de raiva.
Resumi a vida num dia de Carnaval, senti arrepios de momentos, abracei aquele amor de outrora.
Condenei as injustiças do mundo, acreditei em coisas de paz, enrosquei-me em divagações de esperança.
Imaginei-me criança sem máscara, recordei gargalhadas de um Carnaval distante, reportei-me à minha infância.
Levantei-me apressada, sacudi a poeira do tempo, deixei de ser criança, preparei-me para enfrentar o futuro.
Texto escrito para a Fábrica de Histórias
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