
...e lembra-me também no teu sentir e no teu sonhar... lembra-me como uma carícia infinda, pois é assim que eu te vou lembrar... devagarinho e suavemente até o tempo consentir.
P.S. - Não te zangues. Depois da longa carta que te escrevi ainda ficaram algumas coisas por dizer, acho que acontece muitas vezes. Lê-a com toda a atenção, faz as paragens certas nas vírgulas, nas reticências e em cada ponto final. Tudo o que escrevi foram sentimentos em forma de palavras adormecidas... aquelas que gostaria de te ter dito no passado. Absorve cada uma delas e cada frase também... ainda te lembras da minha letra?
Depois de a leres com toda a meiguice, se fores capaz, guarda-a no baú das tuas memórias, talvez um dia possamos falar sobre ela.
Sabes? Tenho um blog. Quem diria, logo eu, a escrever para quem quiser ler. Reptos foi o nome que lhe dei à nascença pois desde o início achei que cada post que fazia era um desafio. Se fores lá espreitar, verás debaixo do título uma das minhas frases favoritas e que acabaste de ler no final da carta que tens nas mãos. Inspirei-me em ti.
Também tu tens um, soube-o por mero acaso do destino. De vez em quando vou lá perscrutar os teus desabafos, é superior a mim, nada posso fazer. Escreves bem, já alguém te disse?
Vou terminar, não te impacientes. Parece que te estou a imaginar "Com tanta lamechice ainda fico enjoado".
Só mais uma coisa e é a última, prometo.
Com tantas palavras escritas acabei por não te dizer o que sinto ou não sinto por ti, se te amo ou nem por isso.
Olha, meu querido, nem eu própria sei, apenas sei que o meu coração inquieto vai deambulando por aí, por vezes longe, algures onde o amor e a ternura se confundem.
É mesmo o fim.
Texto escrito para a Fábrica de Histórias
Bonito.
Gostei. Vejo que estás na tua máxima força em termos de escrita. Fico muito contente por isso.
Espero que esteja tudo bem contigo.
Beijinhos
De
ónix a 17 de Fevereiro de 2011 às 00:03
Olá viajante
Contente fico por gostares e continuares a passar por aqui.
Já sei que continuas a recuperar. Logo,logo ficas bom ,vais ver.
Beijinhos grandes
De averse a 16 de Fevereiro de 2011 às 23:38
excelente... como sempre aliás!
dá gosto ler o que escreves
De
ónix a 17 de Fevereiro de 2011 às 00:05
E agora digo eu..." vindo de alguém que escreve como tu" isto também é um elogio. Tenho de ir espreitar o teu blog... sabes que gosto do que escreves. Por vezes o tempo atraiçoa, ou melhor, a falta dele.
Obrigada
De Raquel a 17 de Fevereiro de 2011 às 13:08
Fica sempre algo por dizer... Será que existe um tempo para dizer o que se quer? Será que queremos que acabe aquilo que temos a dizer? E quando não se diz? Quando se deixa o silêncio invadir as nossas vidas? Sente-se no peito esta dor muito tempo?
Tudo perguntas sem resposta.
Este teu fictício encaixa quase perfeitamente na minha realidade.
De
ónix a 17 de Fevereiro de 2011 às 23:36
É a realidade de muitas pessoas e quem já passou por situação idêntica depara-se com as tais perguntas para as quais não há resposta. Só o tempo vai atenuando... e olha que faz milagres.
Beijinhos
De SDaVeiga a 19 de Fevereiro de 2011 às 23:07
Se a inspiração veio daí... então ainda bem!
Muito bonito!
De
ónix a 21 de Fevereiro de 2011 às 22:30
Obrigada por me continuares a ler... não consigo comentar os teus posts. Gostaria de deixar uma palavrinha mas já tentei e efectivamente não dá para deixar comentário.
De SDaVeiga a 27 de Fevereiro de 2011 às 23:57
Andei a fazer umas alterações nisso, por isso, quando quiseres, experimenta outra vez.
Boa semana!
De
Natacha a 20 de Fevereiro de 2011 às 22:14
Ónix,
... por vezes os fins são necessários, muitas vezes são mesmo o que marca um ponto de viragem que nos faz ter força para recomeçar... Difícil!? Sim... um final nunca é fácil, mas muitas vezes inevitável :)
Fica bem
De
ónix a 21 de Fevereiro de 2011 às 22:34
Com toda a certeza... e os sorrisos sucedem ao final, não é verdade?
Beijinhos
De
Ametista a 21 de Fevereiro de 2011 às 18:26
Belo o teu p.s... que dizer mais, para além de que é tão bom ler-te.. as tuas palavras doces, tão cheias de ternura, acalentam a alma.. é tudo tão suave..
@doro.ti, manuska
De
ónix a 21 de Fevereiro de 2011 às 22:36
Olá mana
Ena... tanto elogio. Olha que fico assim 
Eu sei que gostas de me ler... também eu adoro a tua escrita. Única, não é verdade?
Abraço
De
Closet a 21 de Fevereiro de 2011 às 23:12
«mas o que sentes?o que sentes?» é a pergunta mais difícil de responder... há uma incompreensão enorme entre o sentir e o racionalizar... porquê? para quê? por vezes também assumo sem rodeios "nem eu própria sei", e então? ;) beijinhos e...ps: gostei muito!
De
ónix a 22 de Fevereiro de 2011 às 21:08
Às vezes o melhor é nem racionalizar...seguir o coração e não a cabeça. As coisas correm melhor assim, penso.
Bjinhos
De
Cláudio a 22 de Fevereiro de 2011 às 14:15
Graciosa aurora despertando as palavras adormecidas…
Estou satisfeito por fazer parte da Fábrica, onde encontrei pessoas de coração belo e vivo.
De
ónix a 22 de Fevereiro de 2011 às 21:10
Também estou a gostar muito de escrever para a Fábrica... é um desafio. Encontrei pessoas que sabem o que fazem...escrevem bem.
De
onda_azul a 23 de Fevereiro de 2011 às 21:04
Olá
Antes de mais nada quero dar-te os parabéns pelo texto tão lindo, eu gostei muito, obrigado
As cartas escritas à mão, coloca-la com pressa no marco do correio, esperar ansiosamente pela resposta...momentos que se perderam no tempo e dos quais tenho saudades...
Beijinhos 
De
ónix a 26 de Fevereiro de 2011 às 00:19
Verdade, onda azul
Hoje em dia é só net e falo por mim...também tive de me adaptar. Mas confesso que tenho saudades daquela ansiedade de agarrar numa carta e abri-la desejosa de ler o seu conteúdo.
Beijinhos
De
onda_azul a 26 de Fevereiro de 2011 às 18:20
Sim, hoje é só net, mas não tem o mesmo valor nem a mesma intensidade. São coisas que se perdem no tempo e não deveriam...
Beijos 
De
magnolia a 26 de Fevereiro de 2011 às 09:43
Quase parece não ficção:))))
Um beijinho
Cláudia
De
ónix a 26 de Fevereiro de 2011 às 22:24
Quase, quase... mas é ficção. Tenho de passar para ler o teu PS... ainda não o fiz. Falta de tempo.
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